Sou tudo aquilo que escorre pelo umbigo para dizer que talvez você esteja pensando lesmas.
Ideal mesmo é viver-sonhar alegrias, ou, ao menos, não morrer antes de ter atendido
o eterno chamado dos sapos.
Não existe modo melhor de usar o espaço ?
São índios, lesmas e sapos.
Índio universo, lesmas universo, sapos universo, e pontos, muitos pontos, pontos finais, pontos de i, j, pontos de táxi, pontos de luz, ôninus, drogas, trocas, pontos servem para demarcar e mostrar que tudo tem um fim, eu abandono os pontos, os fins.
Sutra do abandono.
Eu abandono tudo aquilo que não cante
Eu abandono as coisas fáceis, as coisas tristes
Eu abandono os livros que não entendo, as coisas que não me fazem rir
Eu abandono tudo que contenha marca, lote ou numero de série
Tudo que se compre por um real e que encha meus pulmões de febre, eu abandono as coisas que precisam de sentido para viver
Eu abandono a diagramação da página.
Sendo Noel um grande boêmio, um cara que gostava de viver nas ruas, nos botequins, ele fez logo amizade com muitos motoristas de taxi, que às vezes levavam ele pra casa, às vezes emendavam uma outra farra, ou às vezes levavam ele pra namorar alguma moça no juá. E o Noel foi percebendo aos poucos que havia um motorista de taxi chamado “Malhado”, e o Malhado era cantor de seresta, era metido a dar o famoso “dó de peito”, e gostava de cantar falsas canções com palavras difíceis, rebuscadas, que ele não entendia absolutamente o que significava. E o Noel aos poucos foi percebendo o estilo do Malhado, e compôs uma canção especialmente pra ele, ensinou, e combinou com ele pra lançar a música numa seresta pra duas filhas de um coronel lá em Vila Isabel. Chegando lá em baixo do sobrado do coronel, o Noel disse que ia ficar do outro lado da rua pra dar o destaque que a voz do Malhado merecia. Feriu o tom... lá se foi o Malhado
“Saí da tua alcova com o prepúcio dolorido
Deixando seu clitóris gotejante
De volúpia emurchecida
Porém, os gonococos da paixão
Aumentou minha tensão”
Bem, o coronel levantou atirando, o Malhado saiu correndo, chegou na esquina livre e o Noel já estava esperando ele e perguntou:
- O que é que houve Malhado?
E o Malhado assustadíssimo falou:
- O cara sai atirando, não entendi nada!
E o Noel sem perder a pose diz pra ele:
- Isso é pra você ver, Malhado, o que é a falta de sensibilidade dessa gente!
. Mulata
. É esse cigarro, toda manh...
. Não comerei da alface a v...
. e agora um Deus dançou em...